quarta-feira, 16 de maio de 2007

Mulas e drogas

A série de reportagens A rota das mulas, da Folha da Região, de Araçatuba-SP – que relata o caminho do tráfico de cocaína a partir da Bolívia -, mostra uma realidade que já é conhecida de todos: como a miséria conduz para o mundo do crime.

As mulas, que no jargão policial significa pessoas que transportam pequenas quantidades de drogas, podem ser encontradas em qualquer lugar. Não só na Bolívia, palco das reportagens de Roberto Alexandre e Valdivo Pereira. Em pequenas cidades do interior de Mato Grosso do Sul, é comum o registro diário na imprensa de prisões desse tipo de traficante, geralmente pessoas desempregadas que aceitam realizar o transporte de drogas por um punhado de reais.

Mas o que fazer?
Uma ação governamental eficiente, que privilegiasse o desenvolvimento social e humano, com oferta de oportunidades para todos, talvez fosse o caminho para reduzir esse problema. Muitos optam pelo caminho do crime motivados pela miséria, pela falta de perspectivas de futuro. Já foi dito que ninguém é um criminoso em potencial. O meio é que o transforma (?). Então, em um ambiente social fraterno, com qualidade de vida, justo, igualitário, hipoteticamente, todos seriam bons, ninguém iria enveredar pelos caminhos do mal. (Será?).

Em todo caso, sociologia é para sociólogos, psicologia é para psicólogos... A verdade é que essa é uma questão de interesse de todos. O que a sociedade quer é uma resposta. Aliás, exige uma resposta.

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